massageie o ego
ponha gelo na consciência
faça acupuntura da realidade
alongue os limites da imaginação
será que existe alguém nesse planeta
que possa se considerar inteiramente são?
são coisas da vida
celulites da paixão
estrias do pensamento
artrites da razão
corrija sua postura
flexione até o dedão
saiba que a existência é dura
mas tem fisioterapia
arte
e
emoção.
A poesia é minha, sua, nossa. A poesia é banho, surra, coça. A poesia é. O resto é troça.
31.3.07
25.3.07
Ênclise
sou um camelo
mas quero vê-la
entre minhas corcovas
vejo seu cabelo
caminho no deserto
pra te ter por perto
enfrento o asfalto
corro
pulo
salto
muito mais alto
que o cume do corcovado
ó cristo
me dá um abraço
sou só um camelo
e só quero comê-la.
mas quero vê-la
entre minhas corcovas
vejo seu cabelo
caminho no deserto
pra te ter por perto
enfrento o asfalto
corro
pulo
salto
muito mais alto
que o cume do corcovado
ó cristo
me dá um abraço
sou só um camelo
e só quero comê-la.
22.3.07
Resumo
assumo a síntese
do limão
limonada
do irmão
mãos dadas
do avião
horas voadas
não há nada nesse mundo que não leve uma aparada
humanos um
máquinas zero.
do limão
limonada
do irmão
mãos dadas
do avião
horas voadas
não há nada nesse mundo que não leve uma aparada
humanos um
máquinas zero.
18.3.07
Transmimento de pensação
você pega um ônibus
o ônibus me pega
você salta no ponto
onde nego me assalta
você entra na farmácia
eu adentro o hospital
você compra absorvente
eu sangro pelo nariz
você sobe na balança
eu embarco numa maca
você se sente pesada
me sinto leve demais
você entra no trabalho
eu descanso em paz
isso é transmimento
de pensação
nosso encontro
fica pra próxima
encarnação.
o ônibus me pega
você salta no ponto
onde nego me assalta
você entra na farmácia
eu adentro o hospital
você compra absorvente
eu sangro pelo nariz
você sobe na balança
eu embarco numa maca
você se sente pesada
me sinto leve demais
você entra no trabalho
eu descanso em paz
isso é transmimento
de pensação
nosso encontro
fica pra próxima
encarnação.
14.3.07
Dançarino
sonho bailar na vida
como se fosse fred astaire
sambar de alegria
valsar de tristeza
evoluir na avenida
navegar em veneza
me perder no rio
me achar em salvador
me apaixonar todo dia
morrer de eterno amor
sonho bailar na vida
como se fosse um peão
rumbar contra o tédio
bolerar de tesão
enganar a morte
com um passo sim
outro compasso não
te abraçar de frio
te guiar com a mão
sonho bailar na vida
até abrir
um buraco
no chão.
como se fosse fred astaire
sambar de alegria
valsar de tristeza
evoluir na avenida
navegar em veneza
me perder no rio
me achar em salvador
me apaixonar todo dia
morrer de eterno amor
sonho bailar na vida
como se fosse um peão
rumbar contra o tédio
bolerar de tesão
enganar a morte
com um passo sim
outro compasso não
te abraçar de frio
te guiar com a mão
sonho bailar na vida
até abrir
um buraco
no chão.
11.3.07
Baião de dois
a vida
é pra nós dois
somos feijão com arroz
eu te como
você me come
depois
tomamos café
vivemos com fé
olhamos pro pé
pedimos perdão
porque a vida
é pra depois
somos baião de dois
sem ritmo
só feijão com arroz.
é pra nós dois
somos feijão com arroz
eu te como
você me come
depois
tomamos café
vivemos com fé
olhamos pro pé
pedimos perdão
porque a vida
é pra depois
somos baião de dois
sem ritmo
só feijão com arroz.
10.3.07
Sessão "que inveja"!
Estou inaugurando com a música "Se", de Djavan, a sessão "que inveja". Pelo menos uma vez por mês vou postar aqui poesias, letras de músicas, textos que eu gostaria de ter escrito. Curtam e, como eu, morram de inveja!
7.3.07
Mulheres
colheres cheias de paixão
mergulhadas nos pratos
fundos
da razão
cálices de romantismo
brindando aos sentimentos
bebendo ao som
dos quatro elementos
saladas frias
de folhas vivas
temperos de morte
em suaves venenos
doces de mães
sobremesas de amantes
licores para acompanhar
balas de sonho
mulheres
de onde viemos
para onde vamos
vocês sempre são
e nós sempre apenas
fomos.
mergulhadas nos pratos
fundos
da razão
cálices de romantismo
brindando aos sentimentos
bebendo ao som
dos quatro elementos
saladas frias
de folhas vivas
temperos de morte
em suaves venenos
doces de mães
sobremesas de amantes
licores para acompanhar
balas de sonho
mulheres
de onde viemos
para onde vamos
vocês sempre são
e nós sempre apenas
fomos.
3.3.07
Ser humano torto
sou um ser
meio maroto
quando deitado
abandono o corpo
sonho com o oceano
amanheço mar morto.
meio maroto
quando deitado
abandono o corpo
sonho com o oceano
amanheço mar morto.
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Reflexos
reflito meu futuro com o olhar do passado sei que morro sei que lagoa sou sujeito à toa que a morte zoa.
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não existe amor mais lindo que o da porca e o parafuso nele não existe rosca sem fim pino sem buraco nem buraco sem uso por isso casais qu...