o mundo se move
e eu aqui parado
tarado por calendários
anotando datas
especulando horas
senhoras do tempo
e dos contratempos
diários
o mundo se envolve
e eu monto cenários
tarado por finais alegres
sou trágico
otimista
animal
meu cachorro
nem sempre morre
no final.
A poesia é minha, sua, nossa. A poesia é banho, surra, coça. A poesia é. O resto é troça.
30.12.08
19.12.08
16.12.08
Mexilhão
mexo com as palavras
por não ter mais
com o que mexer
assim como quem alisa uma toalha
cata uma migalha de pão
senta e vê televisão
mexo com as palavras
por não ter mais
com o que mexer
assim como quem toma um banho
canta uma velha canção
enxuga uma paixão
mexo com as palavras
por não ter mais
o que fazer
parece que tudo já foi feito
e o que não se fez não tem jeito
nem virá a acontecer.
por não ter mais
com o que mexer
assim como quem alisa uma toalha
cata uma migalha de pão
senta e vê televisão
mexo com as palavras
por não ter mais
com o que mexer
assim como quem toma um banho
canta uma velha canção
enxuga uma paixão
mexo com as palavras
por não ter mais
o que fazer
parece que tudo já foi feito
e o que não se fez não tem jeito
nem virá a acontecer.
9.12.08
Tróia
beba com moderação
fume com moderação
seja com moderação
sofra em segredo
e faça
da vida
um presente
de grego.
fume com moderação
seja com moderação
sofra em segredo
e faça
da vida
um presente
de grego.
6.12.08
Allegro ma non troppo
o meu amor se move
moderadamente
nunca rápido
nunca devagar
nunca suficientemente
o meu amor se move
musicalmente
orquestra de solistas
dueto de intimistas
sempre dois regentes
o meu amor se toca
indiferente
allegro vira lento
sempre o troppo
é pouco
pra gente.
moderadamente
nunca rápido
nunca devagar
nunca suficientemente
o meu amor se move
musicalmente
orquestra de solistas
dueto de intimistas
sempre dois regentes
o meu amor se toca
indiferente
allegro vira lento
sempre o troppo
é pouco
pra gente.
4.12.08
Propaganda
a alma do meu negócio
não é o ócio
é o business
e o beócio
com seus sócios
suas siglas
e silogismos
impróprios
mas não sinto um divórcio
entre o poeta
e o publicitário
somos de novo sócios
investimos tudo
no mercado futuro
realizando lucros
a três por quatro
em transações obscuras
é fato
o publicitário
vive de juros
o poeta
vive de juras.
não é o ócio
é o business
e o beócio
com seus sócios
suas siglas
e silogismos
impróprios
mas não sinto um divórcio
entre o poeta
e o publicitário
somos de novo sócios
investimos tudo
no mercado futuro
realizando lucros
a três por quatro
em transações obscuras
é fato
o publicitário
vive de juros
o poeta
vive de juras.
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