do que somos feitos?
meio papai
meio mamãe
um tico do titio
um cisco da titia
um trisco do vizinho
uma fornada da família
um pedaço de toda cidade
uma mistura completa de brasil
um sem fim de temperos desse mundo
do que somos feitos?
cromossomos imperfeitos
unidos numa prosa universal.
A poesia é minha, sua, nossa. A poesia é banho, surra, coça. A poesia é. O resto é troça.
29.3.09
22.3.09
Defeito
saiba que você
é imperfeita pra mim
pois nada tão certo
pode ser assim
saiba que você
é imperfeita pra mim
pois passa tão perto
quase chega ao fim
saiba que você
é imperfeita até no sim
pois ninguém pode negar
você só existe
pra mim.
é imperfeita pra mim
pois nada tão certo
pode ser assim
saiba que você
é imperfeita pra mim
pois passa tão perto
quase chega ao fim
saiba que você
é imperfeita até no sim
pois ninguém pode negar
você só existe
pra mim.
21.3.09
Uivofrio
quando um cão uiva na noite
passa um mau presságio
ágil
pela mente
quanto mais feliz você for
pior será
o senso
do diferente
quando um cão uiva na noite
algo calafrio
na gente
mas calma
ânimo
temos só o destino
pela frente.
passa um mau presságio
ágil
pela mente
quanto mais feliz você for
pior será
o senso
do diferente
quando um cão uiva na noite
algo calafrio
na gente
mas calma
ânimo
temos só o destino
pela frente.
18.3.09
A bola
14.3.09
Poesia filha da mãe
no dia da poesia
minha mãe nasceu
será que sou filho de um verso?
ou o inverso é que sou eu?
tô me catando pra datas mas o fato é que minha mãe não podia ter morrido assim
tô me lascando em pedaços mas o triste é que o trato tem que ser levado até o fim
não tenho jeito de poeta
não acho feio jogar peteca
não ando satisfeito na minha cueca
viva a poesia
que dispara letras frias com sangue quente nas veias
na metade das minhas pernas
moram duas longas meias.
minha mãe nasceu
será que sou filho de um verso?
ou o inverso é que sou eu?
tô me catando pra datas mas o fato é que minha mãe não podia ter morrido assim
tô me lascando em pedaços mas o triste é que o trato tem que ser levado até o fim
não tenho jeito de poeta
não acho feio jogar peteca
não ando satisfeito na minha cueca
viva a poesia
que dispara letras frias com sangue quente nas veias
na metade das minhas pernas
moram duas longas meias.
7.3.09
Mulheres do mudo
a primeira vez que vi
quase morri
mas preferi nascer
e conviver verde
com a natureza multicor
das mulheres
sem muito entender
fui levado a crer
no que os olhos percebem
como prazer:
contorno das pernas
redondo dos seios
mistérios dos meios
e com o tempo vieram os cheiros
desejos de beijos
úmidas intimidades
íntimos segredos
secretos medos
mulheres
cada vez que vejo sinto um desejo
quase de morte
quase de morto
de voltar ao início de tudo
ensaiar um beijo
repousar um sonho
e deixar o resto mudo.
quase morri
mas preferi nascer
e conviver verde
com a natureza multicor
das mulheres
sem muito entender
fui levado a crer
no que os olhos percebem
como prazer:
contorno das pernas
redondo dos seios
mistérios dos meios
e com o tempo vieram os cheiros
desejos de beijos
úmidas intimidades
íntimos segredos
secretos medos
mulheres
cada vez que vejo sinto um desejo
quase de morte
quase de morto
de voltar ao início de tudo
ensaiar um beijo
repousar um sonho
e deixar o resto mudo.
1.3.09
Rio 444
velha mas gostosa
debochada mas jeitosa
folgada mas calorosa
essa cidade não é maravilhosa
é mais
é o encontro da poesia
com a maresia
e muita
mas muita
prosa.
debochada mas jeitosa
folgada mas calorosa
essa cidade não é maravilhosa
é mais
é o encontro da poesia
com a maresia
e muita
mas muita
prosa.
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