23.5.15

Elefante

tem um tempo
que não escrevo
um poema
quebro uma perna
ou entro em cena
tem um tempo
que não peço
uma esmola
jogo uma bola
ou choro
até dar pena
tem um tempo
que não faço algo que ajude a colocar esse elefante que é a imaginação
numa realidade
tão
pequena.


18.5.15

Vadiagem

deixei
uma ideia
pendurada
num fio
feito tênis
moleque
feito pipa
voada
feito pardal
distraído
feito bandeira
enrolada
larguei
uma ideia
deixada
também
ela num vadia nada.

14.5.15

Pecado

a poesia
me persegue
com pensamentos
palavras
atos e omissões
a poesia
reza
para a vida
acabar
em verso
e o inverso chega frio esse ano.

Reflexos

 reflito meu futuro com o olhar do passado sei que morro sei que lagoa sou sujeito à toa que a morte zoa.