13.5.14

Luto na colmeia

vi
uma abelha
morrer
e pensei
em todo o mel
que ela deixou
de fazer
a morte
não é o fim
do presente
é ausência
de futuro.

10.5.14

Térmico

tomo uma dose
de licor
pra esquecer
o frio interno
por dentro
sinto frio
mas sei que 
lá fora
é o inferno.

Trilha sounora

quando eu morrer
não quero um rip
quero um rap
e que um anjo
me carregue
até porque
soul leve
como
a chuva
que me reggae.

5.5.14

Vida a quilo

sozinho ao molho pardo
seguiu vivendo
na companhia dos outros
aqueles mesmos
que nunca lhe deram
a cor
e o sabor
de uma vida

mista.

Proporção

a noite
traz dúvidas
se amanhecer
vale a pena
mas o dia
brilha mais
quando a noite
não é pequena.

Reflexos

 reflito meu futuro com o olhar do passado sei que morro sei que lagoa sou sujeito à toa que a morte zoa.