15.4.07

Bala perdida

sou halls esquecida
ardida
partida
na cesta do lixo

sou juquinha derretida
melada
colada
no fundo da bolsa

sou kids hortelã
roída
largada
na boca das formigas

triste é o destino
das balas perdidas
sem um aperto de mão
sem um sorriso de criança
sem um cosme e damião

sem uma doce lembrança.

7 comentários:

Tião Martins disse...

Sempre tive dó das balas perdidas. Acho uma violência o que se faz com elas.

Anônimo disse...

Adorei o duplo sentido das balas perdidas.
Tem sempre uma pastilha Garoto com papel surrado na minha bolsa.
Mas não sinto pena.
Vejo pelo outro lado.
"´- Vem, sua boba! É um prazerzão por uns quilinhos a mais..."
São perversas sedutoras também.

Vc reúne publicidade e poesia como poucos.

Bjs

Julieta Montéquio disse...

Exatamanete...
Me sinto como uma bala perdida
Errada, falida, esquecida
Se como uma perdida bala
Cansada, ferida, desmedida
Mas se a bala perdeu
Relaxada, desfaleceu, não percebeu
E se perdeu a bala
Culpada, não fala, se cala.

Bem, aí vão as informações:
19-06-1986
10:55
Nilópolis - Rio de Janeiro
(aguardo ansiosa!)

Bjs:(:)

Ariadne A... disse...

Com bala ou sem bala,mandou muito no poema!
Bjos embalados pra vc!

Anônimo disse...

Antes fossem halls e juquinhas que andassem perdidas pelo nosso Rio de Janeiro.... antes fossem!

Uma pena, mas não são comestíveis as tais balas que andam encontrando caminhos e pessoas que nada têm a ver com elas.

Tião Martins disse...

Pois é Bia, pra quê eu fui tocar no assunto...

Anônimo disse...

Desculpe a ausência hoje.
Queria muito estar melhor.
Estou curiosa pra saber sobre os signos que falou hoje.

Bjs:(:)

Reflexos

 reflito meu futuro com o olhar do passado sei que morro sei que lagoa sou sujeito à toa que a morte zoa.