16.9.10

O céu late mais alto

Hoje nossa cachorrinha querida, Luna, nos deixou. Após quase duas semanas de luta e resistência corajosa, ela resolveu se juntar aos pais, Brutus e Kelly, no céu de nossos cachorros amados. Lá certamente irá acordar, com seu latido alto e valente, meus cães queridos do passado - Don e Bug.

Apesar da grande tristeza, fica o alívio pelo fim do seu sofrimento. Melhor guardar na memória seu som, seu cheiro, seu olhar meigo de lua cheia de emoções transparentes. Nossa Luna sempre foi como a lua, com suas fases de alegria e melancolia, cheia de atos crescentes antes do epílogo minguante.

Hoje ela é lua nova. O vazio em nosso quintal só não é maior que o de nossos corações. Brinquedos esperam para ser guardados. A ração será doada para um amigo distante.

Mas a vida segue seu curso e seu discurso. Que a morte não se ache mais uma vez invencível porque levou nossa Luna. Mal sabe ela que a Luna brilhará sempre em nosso céu de lembranças. E a cada latido alto soará o canto das nossas esperanças, abanando o rabo para o destino inevitável.

Invencíveis somos nós. Sempre vivos na eternidade da vida que só quem ama alcança.

6 comentários:

Tião Martins disse...

Adeus Luna querida. Um dia estaremos juntos de novo, no meu céu que não existe mas que, quando morrer, vou construir.

Beijo e saudade.

Ana Helena Tavares disse...

Lindíssima sua homenagem, Tião! Há cerca de um ano eu também perdi uma cachorrinha muito querida, a Pérola. Filha de mãe vira-lata e pai labrador, era a minha "vira-labra". Traveça, sapeca, mas, principalmente, uma grande companheira. Fiquei com a irmã dela, a Nuvem. É engraçado: nasceram na mesma ninhada, mas o pai da Nuvem é um Golden Retrivier. É a minha "vira-retrivier". Peculiaridades do mundo animal. E são muito diferentes no físico e na personalidade. A Nuvem é calminha que nem mosca a perturba. É rajada e peluda, enquanto a Pérola era branquinha e lisinha. Eu sempre fui apaixonada por cachorros. Cresci rodeada por eles, quando passava férias no sítio da minha avó em Caxias. Mas só há cerca de 4 anos meus pais me permitiram ter aqui no apartamento. A Pérola morreu com 3 aninhos só, apanhou uma doença porque me descuidei nas vacinas. Dói muito essa perda, porque esse amor que eles nos têm e que nos fazem ter por eles é uma coisa muito pura, raramente vista entre humanos. Lá nesse céu que você diz que não existe, mas que vai criar, tenho certeza de que a Luna e a Pérola já estão tratando de se cheirar (como é cumprimento de praxe) e começar uma grande amizade. Beijo procê.

Uri Wertman disse...

Isso é mesmo chato,porem ficara na memoria os momentos de alegria.Guarde um dos brinquedos,pois la no ceu ela ira ficar triste ao ver que estao dando as coisas dela. Nesse momento dificil sei como é. Uma pena,mas outros cachorros irao aparecer e ela sabe que dela,voces numca irao se esquecer.

Felipe Vasconcelos disse...

Sinto muito, Tião! Abração!

Marcela disse...

Você sempre falou da sua cachorro, mas nunca tinha dito o nome. Era tão lindo quanto ela! Fiquei muito triste com a notícia...espero que você e sua familia fiquem bem! Sei como doi perder um cachorro assim.
Beijos!

Tião Martins disse...

Obrigado Ana, Uri, Felipe e Marcela. É bom ter amigos que, nessas horas, aquecem o coração da gente. Beijos a todos.

Reflexos

 reflito meu futuro com o olhar do passado sei que morro sei que lagoa sou sujeito à toa que a morte zoa.