A poesia é minha, sua, nossa. A poesia é banho, surra, coça. A poesia é. O resto é troça.
18.5.09
Valsa
em pé na praia
cercado de areia e mar
sou uma ilha de medos
uma pilha de conchas
no triste enredo
das ondas
vivo entre sol e sombras
e sobre as costas arde
o sal das culpas sem perdão
enquanto os pés afundam
na espuma confusa
das marés
vejo ancorado o entardecer
sou navio afundado
para sempre
sou pescador de tatuís
inocentes
não
sou asa
sou vela
sou valsa
quero encontrar meu continente.
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7 comentários:
Viva a música.
Passa o dia às voltas com palavras nelas ancora o ser das tardes, paisagens nômades .
Valsa para um olhar cercado de humana completude.
è belo.
Eu sou valsa.... =)
Besoss
às vezes, me rendo ..deixo- me tocar pelo cenário....
pelas palavras....ah! gostei muito ,tião!
Genial, Tião!
A síntese de um instante muitas vezes supera o próprio (e enfadonho) todo.
Obrigado pelos seus escritos.
Alaor Ignácio
Obrigado pela visita, Alaor. Volte sempre.
Eita Tião... Como é bom ler seu humor, sua sensibilidade e engenhosidade. Cracaço!
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