9.10.09

Poema de plástico

pratico o som
e a percussão

faço poesia não

meus versos são de plástico
impermeáveis
às lágrimas
e à chuva de sentidos
que insistem em sentir

os outros são os outros
e vão

minhas palavras
são só sons
sonsas que são
fazem só ruídos
no silêncio da confusão

eu pecador me confesso:

nunca escrevi nada
que tivesse
a menor

intenção.

6 comentários:

Tião Martins disse...

Não queria fazer poesia. Queria era ter inventado o Lego. Que brinquedo bom...

Ana Helena Tavares disse...

hahahaha
Essa foi ótima! Eu adorava o lego! Mas, particularmente, eu ainda prefiro ler poesias como as suas... Continue sem intenção que, pelo visto, é assim que se escreve coisas belas.
Beijos.

Talita Prates disse...

Imagina
se tivesse.

Bjo.

A Aprendiz disse...

E sem intenção as plavras vão entrelaçando imagens, poeta e poesia!
Bjs

Vitor Bustamante disse...

Também escrevo esse comentário sem intenção nenhuma e sem nenhuma intenção me junto a você aqui. Intenções só servem para a gente errar. Acertos não-intencionais são incríveis, erros com boa intenção não.

Joe_Brazuca disse...

sem intensão, atingiu a maça !

imagina se tivesse....

abraço

Reflexos

 reflito meu futuro com o olhar do passado sei que morro sei que lagoa sou sujeito à toa que a morte zoa.