28.5.07

Investigador

investigando o passado
sigo passos bem pesados
não há marcas nas pedras
o asfalto não deixa pistas
sou um índio solitário
numa reserva indígena

pesco a direção do vento
farejo a trilha das estrelas
vejo o som de patas ao longe
sinto a sensação de peixes
voando em minha cabeça

fui um índio solidário
numa cabana indígena

hoje ouço
mp3
hoje vejo
mp4
hoje vivo
no meu teclado

mas sou um índio libertário
nesse único verso

indígena.

4 comentários:

Tião Martins disse...

Antigamente nossa comida vinha pulando. Hoje ela vem por e-mail. Flecha nela!

Anônimo disse...

Adorei ler essa poedia agora...
Assim como adoro as coincidências do mundo.
Acabei de chegar de um debate sobre uma peça espetacular "A Descoberta das Américas", que fala muito sobre índios...
Na verdade, é uma peça que retrata bastante a descoberta do nosso Brasil...
E os índio, o universo indígena tão presente...e chego aqui, o que vejo!? Muito bom.

Quanto a poesia, achei uma das melhores que já li aqui. Curti muito...
"Ai, que saudades da minha infância querida..."

Bj & carpe diem:(:)
PS: Quanto ao nick, como geminiana sou várias, não é? "Adapte-me ao seu ne mes quitte pas..."

Anônimo disse...

...
Índio não faz mais lutas
Índio não faz guerra
Índio já foi um dia
O dono dessa terra
Índio ficou sozinho
Índio querer carinho
Índio querer de volta a sua paz!
Será que eles conseguem?

Anônimo disse...

Índio quer apito...se não der pau vai comer!
huahuahuahua
Bjão e uhu uhu uhu
;)

Reflexos

 reflito meu futuro com o olhar do passado sei que morro sei que lagoa sou sujeito à toa que a morte zoa.