Um de meus poetas preferidos. Viva Oswald de Andrade!
As quatro gares
infância
O camisolão
O jarro
O passarinho
O oceano
A visita na casa que a gente sentava no sofá
adolescência
Aquele amor
nem me fale
maturidade
O Sr. e a Sr. Amadeu
Participam a VExa.
O feliz nascimento
De sua filha
Gilberta
velhice
O menino jogou os óculos
Na latrina
meus sete anos
Papai vinha de tarde
da faina de labutar
Eu esperava na calçada
Papai era gerente
Do Banco Popular
Eu aprendia com ele
Os nomes dos negócios
Juros hipotecas
Prazo amortização
Papai era gerente
Do Banco popular
Mas descontava cheques
No guichê do coração
A poesia é minha, sua, nossa. A poesia é banho, surra, coça. A poesia é. O resto é troça.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Reflexos
reflito meu futuro com o olhar do passado sei que morro sei que lagoa sou sujeito à toa que a morte zoa.
-
adorava a imperfeição sob todas as formas a mancha na parede alva a assimetria das árvores o vento que balança a calma adorava a imper...
-
não existe amor mais lindo que o da porca e o parafuso nele não existe rosca sem fim pino sem buraco nem buraco sem uso por isso casais qu...
3 comentários:
Oswald foi o primeiro poeta a me mostrar que a poesia não era chata. Podia ser redonda ou pontuda. Viva Oswald. O poeta nunca descansa em paz.
haha... profundo seu comentário :P
Senti que eu podia escrever poesia de verdade a partir de Drummond e Oswald.
Aquilo me interessava. Era vivo, dinâmico, livre.
Luiz Pinheiro
Postar um comentário