25.11.06

Reta

sigo a linha reta
das calçadas mal iluminadas da cidade igual a todas em que eu nasci
sigo a linha
perco a linha
tropeço
peço licença
quem caminha não pensa
quem caminha não pára
quem caminha não voa
na boa
quê que eu tô fazendo desse lado da rua
sobre essas pedras
portuguesas
com certeza
incertas
como a vida
sigo direto sempre reto
torcendo
para que nunca me apareça
uma curva
pela frente.

5 comentários:

Tião Martins disse...

As curvas jogam a gente de um lado pro outro. Sou um joão teimoso...

Anônimo disse...

Só digo duas coisas...
ESCREVE MUITOOOOOOOO!!!!!!!!
Beijos dessa sua fã de n°1.609!
Porque já têm 1.608 pessoas na minha frente(e eu só consegui essa senha...)
:)
huahuahua

Anônimo disse...

ai ai, sem comentarios. sao desnecessarios.

Anônimo disse...

Tião,
às vezes sua escrita é solidária e cúmplice. Deixa a gente tranquila.
Linda! Linda!
Beijins
Manu
PS-Às vezes não têm curvas. Têm valas. Mas a gente chega. E inteiro.

Anônimo disse...

caramba ao final dessa poesia eu só conseguia pensar
Vai te reto satanás
sei lá o porquê, talvez ele esteja depois da curva.

Bjs

Reflexos

 reflito meu futuro com o olhar do passado sei que morro sei que lagoa sou sujeito à toa que a morte zoa.