polícia para quem precisa
indecisa
a rua à deriva
maldade em carne viva
descaso em carne e osso
quem morre
é pobre
é povo
sempre
quase sempre
ou de novo
polícia para quem
precisa
objetiva
fugitiva
toma iniciativa
não há viva alma
nem alma viva
nem sociedade alternativa
herança em cores
na televisão
o nosso pavilhão:
o verde do nosso limo
o amarelo nosso cínico
o azul nossa frieza
o branco nosso esquecimento
cimento do ano novo
quem morreu
morreu de novo
esquece
é o povo.
A poesia é minha, sua, nossa. A poesia é banho, surra, coça. A poesia é. O resto é troça.
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3 comentários:
Pior que a diferença, só mesmo a indiferença diante da diferença.
Apoiado! É verdade mesmo, mas, cada vez mais, me sinto mais impotente, incapaz de mudar tudo isso... é triste, mas é assim que me sinto... alguém que vê e não consegue consertar... droga!
ótimo poema, muito vergonhoso para a nossa polícia
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